No dia 3 de novembro, domingo, das 12h às 18h, o Itaú Cultural promove a segunda edição do Menu Cultural, evento ao ar livre que integra gastronomia e cultura, sempre ligado a alguma atividade realizada pela instituição.
Inspirado na culinária afrodiaspórica, a programação leva barracas de comida de rua ao Bulevar do Rádio, situado entre o IC e o Sesc Avenida Paulista.
Paralelamente à feira, às 15h, acontece a roda de conversa Comida afrodiaspórica: representatividade e sabores do presente, mediada pela curadora Patty Durães, no interior do prédio do IC. Participam dela o chef Icaro Rosa, fundador do restaurante Jiló, em Salvador, e o pesquisador José Carmo, que trabalha ao lado da companheira Ieda de Matos no Casa de Ieda, restaurante paulistano especializado na comida da Chapada Diamantina, na Bahia. A visitação é gratuita, paga-se somente o consumo nas barracas.
Com curadoria da pesquisadora de culturas alimentares Patty Durães, a essência dessas três primeiras edições do Menu Cultural — a primeira realizada em 20 de outubro e as próximas em 3 de novembro e 1 de dezembro — vem do curso auto formativo Muito além da boca: um passeio transatlântico pela comida afrodiaspórica no Brasil, conduzido por Patty e disponível na Escola Fundação Itaú (www.fundacaoitau.org.br/escola), plataforma de formação gratuita com cursos sobre arte, cultura e educação.
Assim, o evento segue os módulos do curso: enquanto a estreia, em outubro, abordou o passado da culinária afrodiaspórica, a edição de novembro aborda o presente e a de dezembro, o futuro. No próximo domingo, encabeçando os pratos salgados, o Menu Cultural recebe no Bulevar do Rádio o Preto Cozinha, restaurante de comida baiana do chef soteropolitano Rodrigo Freire, localizado em Pinheiros.
O cardápio do Preto Cozinha oferece, como entrada, o pastel em duas versões – de arraia e de queijo com verduras. Os pratos principais ficam a cargo do arroz de tomate, que também leva castanha, amendoim e queijo da Serra da Canastra; e do arroz de polvo, com leite de coco, açafrão, ervilha torta e queijo da canastra curado. Para beber, além das opções tradicionais — água com e sem gás, refrigerantes e suco de uva integral —, o Preto Cozinha leva sua bebida assinatura, o Benzedeira, feita com uma mistura de folhas e ervas diversas.
Desta vez, as opções doces são da Africana, marca da cozinheira ugandesa Jéssica Ebaku. Sua barraca vende delícias como porções de kabalagala, biscoito feito com banana e farinha de mandioca, com recheio de doce de leite ou amendoim, e de mikaté, bolinho frito feito com farinha de milho, gengibre, sal, ovo, leite, açúcar e canela, similar a um bolinho de chuva.
Encerra o conjunto de barracas do Menu Cultural a cafeteria Café por Elas, marca produzida e gerenciada por mulheres. O cardápio inclui expresso, cappuccino, iced latte e o Refresco da Cássia, feito com café coado, suco de laranja, xarope de cumaru, gengibre e casca de limão siciliano. Há, também, produtos para levar para casa, como cafés especiais ensacados, canecas e xícaras.
Programação interna
Paralelemente à feira, das 15h às 16h, é realizada a roda de conversa Comida afrodiaspórica: representatividade e sabores do presente, no térreo do prédio do IC. Participam dela Patty Durães, o chef Icaro Rosa, fundador do restaurante Jiló, localizado em Salvador, e José Carmo, pesquisador de ingredientes e modos de preparo da cozinha brasileira e da comida de santo. Ele desenvolve seus estudos junto à companheira Ieda de Matos, proprietária do Casa de Ieda, restaurante paulistano especializado na comida da Chapada Diamantina, na Bahia.
Os três debatem o contexto atual da comida afrodiaspórica no mundo, passando por assuntos como representatividade, o comer decolonial, os sabores quilombolas, as festas tradicionais e as comidas litúrgicas. A participação é gratuita e não há distribuição de ingressos, basta chegar. Não é necessário participar da roda de conversa para acessar a feira.
Sobre o curso
O objetivo de Muito além da boca: um passeio transatlântico pela comida afrodiaspórica é exaltar o poder da comida, preservar memórias culturais e comunicar e fortalecer a identidade dos povos negros. Ele propõe pensar sobre a comida de uma forma mais ampla, para além da feira, do prato e da boca, abordando o passado, o presente e o futuro da culinária e da gastronomia afrodiaspórica. As aulas são assíncronas e exploram questões que relacionam culinária, cultura e identidade, tratando de temas como as comidas da costa; a origem das quitandas e das feiras de rua; a relação entre a culinária e o candomblé; as memórias afetivas e o papel da culinária como sabedoria ancestral curativa.
Serviço
Menu Cultural
Dia 3 de novembro, domingo, das 12h às 18h
Bulevar do Rádio (entre o Itaú Cultural e o Sesc Avenida Paulista)
Às 15h: Roda de conversa Comida afrodiaspórica: representatividade e sabores do presente
Entrada gratuita (a consumação é paga)
Em caso de chuva, o Menu Cultural acontecerá de forma reduzida, no piso térreo do Itaú Cultural. Será mantida a roda de conversa.
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