A Prefeitura de São Paulo anunciou em coletiva à imprensa a segunda fase do programa Corujão da Saúde, que começa em novembro. Desta vez, o objetivo é resolver a fila de 83.322 procedimentos mais complexos e demorados como, por exemplo, aqueles que requerem sedação. Na primeira fase do programa, foram priorizados os exames baseados em imagem, como ultrassonografias e tomografias, cuja fila era de 485,3 mil exames.
Atualmente, os pacientes que entram na fila destes procedimentos mais complexos esperam, em média, 120 dias para agendar os exames. Com a implantação da segunda fase do Corujão, esse tempo cairá pela metade e normalizará a rotina da atual espera da regulação municipal, para um tempo médio igual ao da rede privada.
“Esta fase aborda exames que, muitas vezes, precisam de preparação com o paciente internado e, na maioria delas, essa preparação dura até 24 horas. Ficaram para esta etapa por conta de sua complexidade e pelo fato da dificuldade de encontrarmos prestadores. Agora, temos condições de resolver isso”, afirmou Wilson Pollara, secretário da Saúde.
A segunda fase contemplará os seguintes exames:
· Prova de função pulmonar completa
· Teste ergométrico
· Colonoscopia
· Monitoramento pelo sistema Holter
· Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
· Estudo urodinâmico
· Nasofibrolaringoscopia
· Esofagastroduodenoscopia
Um quarto dos procedimentos serão realizados na mesma rede de hospitais privados do Corujão fase 1. Os exames serão realizados, em sua grande maioria, na própria rede municipal de saúde, mas alguns deles serão contratados de particulares. A remuneração seguirá os valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). O custo estimado desta fase é de R$ 6 milhões.
Primeira fase do Corujão
Em menos de três meses, o Corujão da Saúde zerou a fila de 485.300 exames de imagem de usuários que estavam na espera desde o ano passado. Iniciado em 10 de janeiro, o programa realizou, neste período, 342.741 procedimentos, o equivalente a um paciente atendido a cada 20 segundos.
O atendimento é realizado em hospitais e clínicas das redes pública, particular e filantrópica, que ofertam exames extras em horários alternativos, conforme a capacidade ociosa de cada local. Na primeira fase, as ultrassonografias foram os procedimentos mais realizados, representando 65,39% do total. Em seguida, vêm as mamografias (15,51%), as tomografias (7,48%), as ecocardiografias (5,31%), as densitometrias (3,18%) e as ressonâncias (3,16%).
Do total de exames, 79,78% foram realizados em equipamentos municipais e 20,22% em unidades conveniadas. Foram efetuados 69.328 procedimentos em serviços parceiros. Em 83 dias, o Corujão conseguiu reverter o movimento de crescimento que a fila de espera por exames apresentou durante todo o segundo semestre de 2016. Se de julho a dezembro de 2016 houve um aumento de 154.408 procedimentos, totalizando 485.300, os três primeiros meses de 2017 registram mais saídas do que entradas na fila.
Em setembro, o programa Corujão da Saúde superou a marca de mais de um milhão de exames realizados.
Foto: Leon Rodrigues/ SECOM